domingo, 24 de janeiro de 2016

As Princesas... o Visconde, o Duque e a Marquesa.

A Princesa, servida na Tulipa, com amendoins temperados.
O segredo da Marquesa, o Visconde que sabia demais e o dia em que o Duque suou. Estas são fábulas que contam da época do Império e estes personagens citados fazem parte da história de uma cerveja muito antiga e gostosa: a Black Princess.

A Marquesa
Uma das marcas do Grupo Petrópolis, a "princesa" é uma cerveja industrial feita pela mesma empresa que também oferece a Itaipava e a Cristal. Diferente delas, porém, é direcionada ao público mais exigente e que gosta de beber "puro malte". Surgiu no final do século XIX e na época o seu nome simbolizava a bebida de cor escura, considerada nobre entre as demais existentes... Uma "princesa negra" que alimentava as mentes mais criativas e fazia surgir lendas e histórias pela região. Mais tarde, com a Black Princess Gold, surgia uma opção àqueles que preferem as lagers leves, como a Pielsen. É dessa, com amargor suave, bem clarinha e com as características de um "Brasil de antigamente", que quero narrar daqui há pouco. Antes porém, vamos saber da Marquesa:

"Era uma mulher feia... mas mesmo assim conseguia os homens que queria. Só ela tinha alguma coisa que... que... que só ela tinha. Os homens mais nobres deitavam-se com ela... As mulheres mais bonitas e sedutoras do Império não entendiam o que acontecia... Mas o fato é que, ao sair de seu quarto, os amantes levavam uma caixa de uma bebida fantástica... Em resumo, a Marquesa era feia, mas valia pela bebida".

O Duque
Conheci a Black Princess Gold numa prateleira de cervejas e a coloquei no meu carrinho apenas para "experimentar". Foi assim que completei a minha tríade das Golds (qualquer dia falo das outras duas, Therezópolis e Paulistânia). Diríamos que a princesa deixa a gente com a garganta refrescada, sem que precise estar abaixo de zero para isso. Falando em temperatura, conheça a história do dia em que o Duque suou:

"Ele tinha como amante uma mulher casada e um dia sua carruagem quebrou exatamente em frente a casa daquela de quem ele não poderia ser visto junto. Mas evitá-la deliberadamente, ir embora e não pedir ajuda numa ocasião como aquela seria quase uma confissão de que havia algo errado... então o Duque entrou... e quando entrou viu algo que... que ele mesmo não acreditou... pois o marido de sua amante tinha uma amante. E este o subornou... em troca de seu silêncio ofereceu seu estoque daquela que era a bebida mais deliciosa que aquele povo conhecia".

O Visconde
A Black Princess pode ser encontrada na maioria dos supermercados e distribuidores, afinal a cervejaria Petrópolis mantém uma interessante parcela do mercado de cervejas. Os copos ideais são as calderetas finas, as tulipas (uma espécie de calicezinho com pezinho e pescoço) ou os copos lagers (que no Brasil são erroneamente chamados de tulipas, ou seja, aqueles cumpridos que se alargam no alto). Para não se confundir, observe uma tulipa na foto principal. Mas falando em observar, quem observava mesmo era o Visconde:

"Era tímido e introspectivo, mas tinha uma característica impar: era observador. O Visconde sabia tudo sobre todos e seus olhos estavam onde ninguém imaginava. Não havia muitos segredos no Império que ele não tivesse descoberto. Essa era sua arma e isso fazia com que ele ganhasse alguns presentes. O Visconde, muito educado, costumava dizer que não falava de boca cheia... e para mantê-lo de boca cheia, seus vizinhos lhe presentavam com uma certa bebida".

E aqui, as minhas verdadeiras princesas.
Experimentem a Princesa... Como dica de apreciação, sugiro que providencie 3 pacotinhos de amendoins temperados (pimenta, cebola e natural) e um de castanha de caju. Misture-os em um pode grande e sirva como aperitivo em porções... Como diziam os antigos lá no interior, é excelente para "sargá a boca"... Não há nada mais sedutor do que a princesa com amendoim... Se ela era tão valiosa no Império, certamente ainda é nos dias de hoje!


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