No segundo dia da nossa estada em Dresden fomos conhecer o seu centro histórico, oportunidade em que conhecemos os seus conjuntos arquitetônicos que foram preservados ou reconstruídos. O símbolo mais conhecido da reconstrução do centro é a igreja Frauenkirche, cuja opulenta cúpula barroca voltou a marcar a silhueta de Dresden.
Muitas instalações culturais estão situadas ao longo da margem do Elba, no centro histórico: desde a galeria de pinturas dos antigos mestres até a sala do tesouro dos príncipes e reis da Saxônia, a Grünes Gewölbe. O centro histórico é também o centro da vida da cidade: no parlamento são determinados os destinos da Saxônia e na Prefeitura, os da cidade. No Altmarkt e na Prager Straße estão localizados os centros comerciais, gastronomia, cultura e trabalho.
Andamos bastante pela manhã, já era quase duas horas da tarde, não tínhamos conhecido todo o centro histórico, mas estávamos cansados e com fome.
Foi então que resolvemos almoçar, estávamos na igreja Frauenkirche que é cercada por diversos restaurantes, bares, cafés e lojas.
Escolhemos então, e por acaso, o Reustaurante “Augustiner an der Frauenkirche”, pois estava à sombra e o ambiente nos cativou, foi um acidente de excelentes consequências.
Antes mesmo de escolhermos os pratos, pedimos seis cervejas, uma para cada um, isto é, para o meu pai (e Am.’. Ir.’.); minha mãe; meus irmãos: Vinícius, Fábio e Michael (Dinamarquês – ex - intercambista inbound pelo Rotary); e claro pra mim. O pedido foi único: queremos Weizenbier!
Foi aí que conhecemos a inesquecível Augustiner, sem dúvida alguma, a melhor cerveja que já tomei!
Seu sabor de trigo é marcante, é frutada com um leve amargor, destacam-se notas de cravo, banana e baunilha. De carbonatação leve, corpo médio, espuma cremosa, volumosa, densa e persistente, é refrescante e muito agradável de beber. De teor alcoólico igual a 5,4% vol., seus ingredientes são selecionados com o máximo cuidado alemão, sendo submetido à fermentação em quartos subterrâneos, o que lhe confere um sabor único e característico, fruto da preparação precisa dos seus ingredientes desde 1328, tais como: água, malte, trigo, cevada, lúpulo e levedura.
A Augustiner confia apenas na tradição e na qualidade dos seus brands para brigar pelo disputado mercado bávaro, ou seja, não investe em publicidade, tornando-a desconhecida fora da Alemanha. Talvez seja uma das únicas no mundo a não investir em publicidade, sustentando suas vendas apenas pela extrema tradição em qualidade, é uma cervejaria independente e umas das seis autorizadas a abrir sua tenda na Oktoberfest de Munique.
A história desta cervejaria está ligada à Ordem Católica de Santo Agostinho, os Agostinianos ou Ordo Eremitarum Sancti Agostini. Os monges da Ordem iniciaram a produção de cerveja em Munique no início do século XIII, um pouco antes da fundação oficial da Augustiner, em 1328.
Esse pão líquido, como dizia meu avô Inácio, tem gosto de quero mais!
É pra mim a inesquecível Augustiner!
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