terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O que há de bom em Portugal?

Museu da Cerveja, uma casa bem tradicional em Lisboa

Em março de 2015 eu estive com minha esposa em Lisboa e seus arredores. E como bom amante da cerveja, enfrentei alguns questionamentos pelo que me faria pedi-la numa terra em que o vinho é a bebida mais procurada pelos turistas. Senti que os próprios garçons achavam estranhos os pedidos, até porque na maioria dos restaurantes não havia mais do que as populares Sagres e Super Bock. Estas populares são lagers de qualidade comercial, produzidas em grande quantidade e servidas sem muitas preocupações. Ou seja, os portugueses não tem nem de longe os cuidados que teriam com o vinho, para servirem as cervejas... mas nem tudo estava perdido. 

figura interessante no rótulo
Antes de viajar eu tinha feito uma pesquisa a respeito dos rótulos produzidos por lá e uma das que me chamaram atenção foi a "Maldita". Durante toda a viagem a procuramos e em nenhuma das tentativas a encontramos. Porém, uma das dicas oferecidas por um garçom do nosso Hotel foi que fossemos até o "Museu da Cerveja", uma casa muito famosa situada na Praça do Comércio, zona tradicional da cidade. Segundo ele, "o Museu é muito Gira, opá!" (Gira = Legal).

E no dia seguinte estivemos lá. No Museu da Cerveja, encontramos um cardápio mais variado, porém não tinha a Maldita. Mesmo assim o passeio valeu a pena e nas duas oportunidades que lá estivemos, encontramos bons sabores. Em destaque, o copo invertido... uma espécie de taça acrílica cujo design lembra uma garrafa de cabeça para baixo assim que o líquido é derramado. Como havia copos de diversos tamanhos, não vimos problema em pedirmos uma Weiss que me chamava a atenção, a Vadia.
  
Menos saborosa, mas válida, a Sovina
A "Vadia Weiss" era apresentada numa garrafa menor que as nossas tupiniquins e cabia exatamente toda no copo característico da casa. Alguns petiscos portugueses acompanhavam o seu sabor com perfeição e serviam tranquilamente como substituto para um almoço. Caso o leitor brasileiro queira ser mais reservado e conservador, um "prego" (sanduíche de queijo e bife) resolve a parada.

Na segunda visita, dois dias depois, experimentamos algumas lagers locais e no final quisemos provar a "Sovina", uma trigosa da mesma família, apresentada numa garrafinha pequena. Valeu a pena, mas entre as duas, não tenham pudor, peçam pela Vadia, pois ela deve ser, no mínimo, mais experiente que a baixinha. Conclusão: A Vadia é "muito gira", opá!

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